quarta-feira, 31 de julho de 2013

O capitalismo, é o trabalho como mercadoria gerando alienação.

No século XIX, o resplendor do progresso alcançado pela Revolução Industrial não oculta a questão social. A exploração dos operários ficam explícitas em extensas jornadas de trabalho em péssimas instalações, salários baixos, arregimentação de mulheres e crianças como mão de obra mais barata. Esse estado de coisas desencadeou os movimentos anarquistas e socialistas.
Nesse panorama Karl Marx, retoma a temática hegeliana ao ver o trabalho como condição de liberdade. É pelo trabalho que o ser humano se confronta com as forças da natureza e, ao mesmo tempo que a modifica, transforma a si mesmo, humaniza-se.
No entanto Marx nega que a nova ordem econômica do capitalismo fosse capaz de possibilitar a igualdade entre as partes, porque o trabalhador perde mais do que ganha, já que produz para outro a posse do produto lhe escapa. Nesse caso, é ele próprio que deixa de ser o centro de si mesmo. Não escolhe o salário- embora isso lhe pareça fictício, como um resultado de um contrato livre-, não escolhe horário nem o ritmo do trabalho e é comandado de fora por forças que não mais controla. O resultado, é a pessoa tornar-se "estranha" "alienada" a si própria: e é esse o fenômeno da: ALIENAÇÃO.
Há vários sentidos para a palavra alienação. Em todos eles há algo em comum: do ponto de vista jurídico, perde-se a posse de um bem: para a psiquiatria , o alienado mental perde a dimensão de si na relação com os outros. Segundo Rousseau, o poder do povo é inalienável, porque só a ele pertence. Na linguagem comum, a pessoa alienada perde a compreensão do mundo em que vive.

Tela: Edward Munch (1863-1944)
trabalhadores de volta para casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário