sábado, 22 de outubro de 2016

Deixe que o amor seja seu professor.

Existem 6.909 línguas no planeta. Poucos países possuem apenas uma língua- Papua - Nova Guiné, por ex, tem 832, algumas são mais populares que as outras, como o mandarim que é falado por mais de um bilhão de pessoas. Diversas línguas são faladas apenas por um povo. E todas elas possuem uma palavra, um caractere ou um som para o 'amor'. Todos nós falamos e refletimos sobre o amor, mas para entendê-lo precisamos lembrar que o amor não é uma palavra. 

A palavra sozinha, não diz nada. Não passa de um símbolo. A palavra amor não define amor; apenas informa que estamos falando sobre ele. O problema de usar palavras para falar de coisas como o amor é que elas reduzem a ideia a um objeto ( pois não pode ser encontrado, possuído ou mantido), a palavra cria uma distância entre nós e o sentimento, como se fôssemos coisas separadas. Não importa que idiomas falemos, algo se perde quando nos apoiamos nas palavras para definir o amor.
Para conhecer o amor, antes de mais nada voce precisa aceitar que ele não pode ser definido. Nenhuma palavra pode defini-lo, pois ele não é apenas um nome. O intelecto não pode defini-lo, pois a mente lida com ideias, e ele não é apenas uma ideia. A religião não pode defini-lo, pois ele é espiritual demais para caber em qualquer doutrina. A ciência também não pode defini-lo, pois a essência do amor não pode ser aprisionada em tubos de ensaio nem separada em aceleradores de partículas. Ninguém detém os direitos sobre ele, pois o amor é maior que toda a humanidade.
Mas não é porque o amor não pode ser definido que voce não pode conhecê-lo. Há muitas coisas interessantes na vida que também não tem explicação. Os psicólogos não são capazes de definir a psique, e ainda assim nós continuamos explorando a mente. Os teólogos acreditam que, na verdade, não existe um nome para Deus. Os físicos reconhecem que o universo é feito de energia, mas eles não conseguem precisar o que é energia.
Algumas pessoas dizem que o amor não pode ser definido porque ele é comedido, misterioso, provocador. Considerando essas descrições, parece que atribuíram ao amor as características de uma pessoa que rejeita investidas sexuais. Esse é outro caso de projeção. O amor está disponível para todos nós, sem exceções. Tudo que nós precisamos fazer é nos entregar a ele.
Eu gosto de pensar na palavra 'amor' como uma porta. Se voce apenas olhar para ela, tudo o que verá, é uma ideia sobre o que ele é. Mas se estiver disposto a se aproximar dela, abri-la e entrar, vai conseguir vivenciar o que é o amor. Para ser íntimo do amor voce precisa ir além das palavras, deixar para tr´s os preconceitos, esvaziar a mente e se permitir dissolver-se no amor. Agora estamos realmente chegando a algum lugar. Finalmente podemos parar de tentar definir o amor e deixar que ele nos defina.
O amor não pode ser definido, mas pode ser reconhecido. Minha mente não explica, mas meu coração sabe exatamente o que é. 
            Para encontrar o ser amado, voce precisa ser amado.
                                                                             Rumi 
Procurar o amor é um horror. Todo mundo já passou por isso.É um estado de espírito que as pessoas vivenciam quando esquecem quem elas são e o que é o amor. Essa busca nos leva a acreditar que nós e o amor somos duas coisas separadas. Pensamos que o propósito da vida é encontrá-lo, e então, quando enfim encontramos, não podemos perdê-lo novamente
.Procurar o amor é assustador. E a razão disso é que voce tem medo de não ser digno de ser amado. Esse é o medo mais básico que sentimos e é a origem de todos os outros medos. Mas ele não é real. No entanto, voce acredita nele e começa a procurar desesperadamente alguém que o considere digno de receber seu amor. Mas onde vai encontrar essa pessoa?
Procurar o amor é doloroso. Voce busca o amor porque decidiu que não é uma pessoa digna de ser amada. Até que mude sua ideia a respeito de si mesmo, sua única esperança é encontrar alguém que derrube esse julgamento equivocado. Então voce tenta criar uma imagem agradável para esconder sua dor e conquistar alguém. Essa imagem sabe seduzir, chamar atenção e provocar admiração, mas não é seu verdadeiro eu, portanto não atrai amor de verdade. Assim, voce continua procurando, mas, como não muda de opinião sobre si mesma, tudo o que encontra é mais desamor.
É difícil acreditar no amor  quando se está procurando por ele. Como não acredita que merece ser amado, não consegue acreditar que alguém possa amar voce. No fim,voce começa a duvidar da existência do amor. É impossível acreditar nisso e continuar vivendo. Então voce chega a um impasse: procurar o amor não deu certo; portanto, está na hora de tentar outra coisa. E isso é ótimo.
O caminho para sair desse círculo vicioso é entender que está bloqueando o amor em sua vida. Examine as motivações que levam voce a procurá-lo. Abandone as imagens do desamor que voce criou para si mesmo. Buscar o amor, no sentido mais verdadeiro, não tem a ver em encontrar alguém; tem a ver com reencontrar voce mesmo. Esteja disposto a abandonar suas velhas teorias, suas ideias preconcebidas, suas histórias passadas e, como disse William Blake, "limpe as portas da percepção" , de modo a deixar o amor aparecer como ele realmente é.
O amor é uma jornada interior de volta ao lar. A estrada para chegar lá começa aqui, exatamente onde voce está agora. O objetivo dessa jornada não é encontrar o amor; é conhecê-lo. E esse conhecimento já existe em voce- é sua capacidade de amar e ser amado.

    

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

 O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) tentou justificar o seu voto favorável à PEC 241, afirmando que "quem não tem dinheiro não estuda", porque o governo não deve gastar dinheiro com o ensino superior. E disse mais. Segundo ele, "o governo vai deixar todo mundo no fundamental" e que "universidade tem que cortar mesmo".

Num vídeo que circula nas redes sociais divulgado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o parlamentar disse em conversa com alguns representantes do Grêmio Estudantil Cecília Meirelles (GECM), do Instituto Federal de Goiás, que "as condições que o PT deixou o país, se não tiver uma PEC para refrear os investimentos só no período inflacionário, daqui há dez anos fatalmente o país quebra".

Questionado se o governo não deveria cortar de quem tem, Marquezelli disse: "Tem que cortar universidade, tem que cortar". E completa: "Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar", argumenta Marquezelli. "Quem não tem (dinheiro), não faz".

Novamente questionado sobre pessoas que não têm acesso à saúde, podendo só contar com o sistema público, o parlamentar é enfático: "Como que não tem? Se cuida! Eu vi um cara reclamando aí com um cigarro na mão, reclamando que não é atendido. O cara fuma três maços de cigarro por dia...".

Marquezelli no Meren
dão

Nelson Marquezelli foi alvo da Operação Alba Branca que apontou a distribuidora de bebidas do deputado como um dos endereços de suposta entrega de propinas da quadrilha da merenda escolar que agia em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). O deputado nega as acusações.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O trabalho cooperativo, é a base da liberdade ética.

No percurso para discutir o conceito de liberdade, começamos com as concepções unilaterais do livre-arbítrio e do determinismo, segundo as quais a liberdade humana é afirmada ou negada de maneira categórica. Para outros filósofos, porém, não são inconciliáveis os polos liberdade-determinismo. Não se deve privilegiar a capacidade intelectiva em detrimento de experiências mais amplas nem restringir a liberdade da ação de um indivíduo solitário.
Segundo a discussão contemporânea é impossível a liberdade fora da comunidade humana. As nossas relações não são de contiguidade, mas de intersubjetividade, de engendramento. Isto é, não estamos apenas uns ao lado dos outros, daí não podermos falar do ser humano como uma "ilha".
O caráter social da liberdade contrapõe-se a ideia individualista de liberdade herdada da tradição liberal burguesa, cuja a concepção clássica é:" a liberdade de cada um é limitada unicamente pela liberdade dos demais". No entanto, nem sempre a liberdade de escolha é tão livre quanto se apregoa, e sobretudo nas sociedades que predominam privilégios para poucos, restringindo-o o campo de ação livre da maioria.
Sabemos que a vida moral só é possível como ação baseada na cooperação, na reciprocidade e no desenvolvimento da responsabilidade e do compromisso. Só assim torna-se viável  a efetiva liberdade de cada um. Nesse sentido, o outro não é o limite de nossa liberdade, mas a condição para atingi-lá.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Graffiti é arte pública.

O graffiti é a expressão da cultura urbana, das ruas, da cultura da minoria sem voz. É um ato de contravenção da lei, o que configura crime. Por essa razão, para essas minorias, grafitar tornar-se um ato de coragem, uma vez que seus praticantes correm o risco de ser  punidos.
O graffiti, é um elemento da cultura hip-hop. Os grafiteiros muitas vezes, participam de outros aspectos desta cultura e praticam sua atividade  em áreas nas quais tanto a música quanto a dança de rua se desenvolvem , tornando assim, a ligação entre o graffiti e o hip-hop mais intensa.
Alguns "grafiteiros" tornaram-se artistas contemporâneos , como é o caso de Jean Michel Basquiat; outros em maior número , tem sua obra reconhecida como arte de rua, arte pública expostas em muitas galerias de arte, como é o caso de John Fekner, Robin Banksy, os Gêmeos e Nunca, entre outros.
Foto: Jean Michel Basquiat.

Graffiti em uma praça pública do Canadá.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O capitalismo, é o trabalho como mercadoria gerando alienação.

No século XIX, o resplendor do progresso alcançado pela Revolução Industrial não oculta a questão social. A exploração dos operários ficam explícitas em extensas jornadas de trabalho em péssimas instalações, salários baixos, arregimentação de mulheres e crianças como mão de obra mais barata. Esse estado de coisas desencadeou os movimentos anarquistas e socialistas.
Nesse panorama Karl Marx, retoma a temática hegeliana ao ver o trabalho como condição de liberdade. É pelo trabalho que o ser humano se confronta com as forças da natureza e, ao mesmo tempo que a modifica, transforma a si mesmo, humaniza-se.
No entanto Marx nega que a nova ordem econômica do capitalismo fosse capaz de possibilitar a igualdade entre as partes, porque o trabalhador perde mais do que ganha, já que produz para outro a posse do produto lhe escapa. Nesse caso, é ele próprio que deixa de ser o centro de si mesmo. Não escolhe o salário- embora isso lhe pareça fictício, como um resultado de um contrato livre-, não escolhe horário nem o ritmo do trabalho e é comandado de fora por forças que não mais controla. O resultado, é a pessoa tornar-se "estranha" "alienada" a si própria: e é esse o fenômeno da: ALIENAÇÃO.
Há vários sentidos para a palavra alienação. Em todos eles há algo em comum: do ponto de vista jurídico, perde-se a posse de um bem: para a psiquiatria , o alienado mental perde a dimensão de si na relação com os outros. Segundo Rousseau, o poder do povo é inalienável, porque só a ele pertence. Na linguagem comum, a pessoa alienada perde a compreensão do mundo em que vive.

Tela: Edward Munch (1863-1944)
trabalhadores de volta para casa.